quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

CONTRA AS QUEIMADAS EM MATO GROSSO E POR JUSTIÇA AMBIENTAL


Em outubro completou um ano do assassinato do fiscal da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Cuiabá, Luiz Carlos Faria Martins, carinhosamente conhecido como Mão, assassinado covardemente em pleno exercício de sua função, multando um bandido que provocava queimadas urbanas em nossa cidade num dos momentos mais críticos vividos pela capital do estado nos últimos anos no tocante as queimadas.


E o que foi feito? Nada, nada e mais nada... O assassino nunca foi preso, continua morando no mesmo lugar onde cometeu o assassinato e o que é pior, rindo da cara das autoridades incompetentes e da sociedade hipócrita e conivente com essa calamidade socioambiental que vivemos em nosso estado.


Vivemos no estado da impunidade total, onde o poder público é o maior estimulador da destruição ambiental e onde a justiça está muito ocupada em prender pretos e pobres, ou o que é pior, grande parte dela envolvida em escândalos, cotidianamente noticiados pela imprensa, ou seja, a “justiça” está ocupada em proteger bandidos e, portanto não tem tempo para se ocupar com crimes ambientais.


Era de se esperar que em um estado que é campeão em destruição ambiental, como desmatamentos e queimadas, tivéssemos por parte de nossas "autoridades" um comportamento ético buscando solucionar esses problemas que nos expõe diante do Brasil e do mundo como um dos grandes responsáveis pelo aquecimento global e outras mazelas, mas nada, o que vimos são essas autoridades incompetentes gastando o dinheiro público para discutir números e índices da destruição ambiental no estado, enquanto assistimos a cada dia a desmoralização total do Estado de Mato Grosso, além da evidente e incalculável perda de riquezas naturais, e vidas humanas.


Nossos governantes estão sim altamente preocupados em atender aos interesses de enriquecimento de uma elite medíocre que só consegue ver suas contas bancárias polpuda e seus carros importados levando seus arrogantes filinhos embalados ao som estridente de músicas de péssimo gosto, além de dar o calote nas dívidas com o poder público e com a conivência total de nossos representantes.


O caso do assassinato do fiscal da prefeitura e que foi secretário da Associação Mato-grossense de Ecologia é um dos maiores exemplos de que a questão ambiental em Mato Grosso é nada mais do que piada, de muito mau gosto evidentemente.


Como podemos querer que tenhamos uma fiscalização ambiental eficiente se permitimos o assassinato dos fiscais ambientais? Somos o estado dos destruidores da natureza disfarçados de grandes produtores e que nos desmoraliza por todo lugar por onde passamos, portanto aqui a impunidade também é mato e com toda certeza continuará incentivando os bandidos como o assassino do Luiz Carlos (Mão).


E esses políticos cretinos vêm nos encher os ouvidos todos os dias falando de responsabilidade social e ambiental. É por isso e um tanto de outras coisas que vivemos um momento em que ninguém acredita em mais nada.


Mas nós os ecologistas queremos justiça, queremos o assassino do Luiz Carlos (MÂO) na cadeia, queremos melhores governantes, queremos uma justiça que funcione, nem que para isso tenhamos que lutar até o último de nossos dias e irmos até o fim do mundo para encontrá-la. CHEGA DE IMPUNIDADE E HIPOCRISIA.
O nome do assassino? James Ludgero Moreira Roland.